Astronomia

8 descobertas astronômicas que mudaram a humanidade

Desde a Antiguidade, o ser humano olha para o céu com bastante curiosidade em busca de novas descobertas astronômicas. As primeiras civilizações humanas dedicaram anos de estudo e observação para tentar encontrar respostas para tudo aquilo que viam no céu.

E foi assim que surgiram as mitologias, os mitos e todas as histórias que permeiam nossa evolução. Mas, com o passar do tempo o que antes tinha caráter religioso, passou a ser cientifico. Conforme evoluímos, novas descobertas mudaram nossa forma de ver aquilo que está acima de nossas cabeças. Aí surgiu a astronomia como ela é hoje.

Ela tem o papel de constantemente buscar respostas para aquilo que existem em nosso sistema solar, galáxia e além. Isso incluiu uma boa dose de estrelas, planetas, buracos negros e a própria expansão desenfreada do universo.

Então, vamos juntos embarcar nessa jornada na direção das 8 descobertas astronômicas que mudaram a humanidade!

1. Telescópio James Webb encontra a possível galáxia mais distante já registrada

A partir do lançamento do telescópio espacial Hubble em 1990, os estudos relacionados com a Astronomia obtiveram avanços significativos. Através das lentes do telescópio Hubble, a ciência teve a oportunidade de observar colisões entre cometas, planetas fora do Sistema Solar, uma grande quantidade de buracos negros e diversas outras galáxias etc.

Ou seja, ele foi responsável por inúmeras descobertas astronômicas..

Com o interesse de avançar nos estudos referentes às origens do Universo, a NASA, agência espacial norte-americana, lançou o telescópio espacial James Webb (JWST), com o objetivo de substituir o já consolidado Hubble.

O JWST é mais moderno e muito mais potente que seu anterior. Com um espelho para captação de imagens cerca de 2,5 vezes maior que o do Hubble, ele é capaz de ver muito além de qualquer outro telescópio já feito pelo homem. Ou seja, ele é a esperança para que os amantes de astronomia possam descobrir segredos do universo jamais vistos antes.

As primeiras imagens cientificas do James Webb vieram no dia 13 de julho. Apenas uma semana depois, um cientista que analisou seus dados informou que o equipamento pode ter encontrado a galáxia mais distante da qual se tem registro.

A galáxia apelidada de Galáxia GLASS-z13 localizada 13,5 bilhões de anos-luz da Terra, ou seja, apenas 300 milhões de anos depois do Big Bang.

O achado, que ainda deverá ser revisado por pares, foi registrado em um pré-print no site arxiv. O pesquisador Rohan Naidu, do Harvard Center for Astrophysics, nos Estados Unidos, contou à agência France Presse (AFP) que a galáxia, conhecida como GLASS-z13, remonta a 300 milhões de anos após o Big Bang, ocorrido há 13,8 bilhões de anos.

Esse período corresponde a nada menos que cerca de 100 milhões de anos antes de qualquer objeto identificado anteriormente. “Estamos potencialmente olhando para a luz das estrelas mais distante que alguém já viu”, disse Naidu.

Uma curiosidade adicional é que no último dia o JWST entrou em colisão com os detritos do cometa Halley, aguardamos as novidades (talvez nem tão empolgantes) esse encontro.

2. Maior buraco negro do Universo tem 34 bilhões de vezes a massa do sol

Buracos negros são pontos no universo onde a matéria se condensou absurdamente e criou um campo gravitacional impossível de se escapar. São outra descoberta astronômica incrível.

É possível que os buracos negros supermassivos que existem nos centros das galáxias se tornem absurdamente enormes, atingindo massas bilhões de vezes maiores que o nosso Sol. No entanto, este buraco negro supermassivo específico chamou a atenção pela taxa com que vem crescendo.

O maior buraco negro já registrado até o momento foi apelidado de J2157 ele possui a maior taxa de crescimento registrado por astrônomos até o dia de hoje. Seu tamanho (estimado em 34 bilhões de vezes a massa do Sol) também impressiona. Quando comparamos ele com aspectos do nosso sistema é possível perceber que é 8 mil vezes maior que Sagitário A*.

Esse gigante supermassivo está no centro da Via Láctea, ou seja, é nosso conterrâneo.

De acordo com Christopher Onken, principal pesquisador e estudioso da Escola de Asatronomia e Astrofísica da Universidade Nacional Australiada, em entrevista à CNN:
“É o maior buraco negro que foi medido deste período inicial do Universo”.

3. Evidências de água em Marte: uma descoberta astronômica do século

Sem dúvida essa foi uma das descobertas astronômicas mais interessantes e que fomentou a paixão pelo planeta vermelho que algumas pessoas cultivam até os dias de hoje.

Isso porque constantemente a ciência busca meios de encontrar vida em outros planetas, ou então, procura constantemente por locais que que possam ser habitados por nós, caso a terra entre em um colapso natural que impeça a vida humana de persistir. Por isso, a descoberta de evidências de água nesse planeta fomento os pesquisadores estudam marte como possível planeta a ser habitável ou formas de vidas que possam viver no local.

A missão Mars 2020 faz parte do programa de Exploração de Marte da NASA, e levou o Rover Perseverance para a superfície marciana, na cratera Jezero. Observações foram coletadas pela sonda entre maio de 2018 e fevereiro de 2021.

A água está localizada abaixo da superfície do sistema de cânion e foi detectada pelo Detector de Nêutrons Epitérmicos de Resolução Fina (FREND, em inglês).

Os achados são evidências sólidas de que água em estado líquido escurece a superfície de Marte hoje. A teoria de que em algum momento já existiu um fluxo de água no planeta já era solidificada entre os especialistas.

Para eles, essa descoberta astronômica de um reservatório subterrâneo permanente de água líquida, aumenta consideravelmente as chances de ter vida no plante, principalmente algum tipo de bactéria ou organismo unicelular.

O Astrônomo e Pesquisador da Universidade de Bolonha e principal autor dessa descoberta, Roberto Orosei, disse: “Foram anos de debate e investigações, ficamos anos discutindo se isso era mesmo possível. Mas agora podemos dizer: descobrimos água em Marte.”

Essa descoberta é um avanço gigantesco para a ciência. Afinal, onde existe água, existe altas probabilidades para a vida. E para a ciência, a possibilidade de descobrir formas de vida ou simplesmente água num planeta inóspito pode nos ajudar ainda mais a desvendar segredos escondidos na vastidão do cosmos.

4. Cultivo de plantas em solo lunar: uma das descobertas astronômicas que mais pode ajudar a humanidade

Todos nós sabemos que os seres humanos são criaturas extremamente adaptáveis. E foi exatamente essa alta capacidade de adaptação que permitiu nossa evolução de uma forma diferente das outras espécies. E para conseguir esse mérito criamos e investimentos em uma série de tecnologias, como o plantio.

O alimento que proveio da plantação é fundamental para a vida. Pensando na superpopulação e em uma possível escassez de terrenos para plantações, pesquisadores fizeram testes de plantação com o solo Lunar.

Cientistas do Instituto de Ciências Alimentares e Agrícolas da Universidade da Flórida conseguiram pela 1ª vez cultivar plantas em solo lunar. A experiência foi feita em amostras de terra da lua trazidas por Neil Armstrong e a sua tripulação, durante a Missão Apollo 11, há mais de 50 anos.

O estudo pode lançar as bases para o cultivo de plantas que fornecem oxigênio e comida na Lua, mas os experimentos também revelam o quão estressante é para as plantas crescerem no regolito lunar, ou solo, que é muito diferente dos habitats naturais da Terra.

Os pesquisadores colocaram cerca de um grama de terra de cada vez, acrescentaram água e depois as sementes em pequenos vasos do tamanho de um dedal. Uma solução nutritiva foi também adicionada diariamente.
Após dois dias, as sementes das amostras lunares germinaram. Mas depois disso, descobriu-se que as plantas lunares cresciam mais lentamente e tinham raízes atrofiadas.

Para Bill Nelson, chefe da agência espacial americana: “esta investigação é crucial para os objetivos de exploração humana a longo prazo da NASA. Teremos de utilizar os recursos encontrados na Lua e em Marte para desenvolver fontes alimentares para os futuros astronautas que viverão no espaço profundo”.

A ciência ainda está engatinhando com todas as possibilidades que o universo nos propõe, mas de pouco em pouco e com estudos como este a raça humana dá mais um passo para evoluir tecnologias que promovam uma possível viagem espacial.

5. Planeta do tamanho da Terra em zona “habitável”

Cientistas realizaram uma descoberta astronômica de um planeta do tamanho da terra que está numa zona habitável do universo. Chamado de “TOI 700 d”, o planeta está relativamente próximo da Terra, o que significa que está a “apenas” 100 anos-luz.
Esses foram os dados compartilhados pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa durante a conferência de inverno (boreal) da Sociedade Americana de Astronomia, em Honolulu, no Havaí.

O corpo celeste foi identificado pelo satélite TESS e está a uma distância intermediária de sua estrela, o que permitiria a presença de água em estado líquido.

De acordo com as palavras de Paul Hert, diretor de astrofísica da NASA: “O TESS foi projetado e lançado especificamente para encontrar planetas do tamanho da Terra e em órbita de estrelas próximas.”

A descoberta astronômica foi a primeira feita pelo satélite TESS lançado em 2018 com o objetivo único de encontrar planetas ainda não descobertos. O TESS encontrou uma estrela a “TOI 700”, uma estrela 40% menor que o nosso sol, nela orbitam 3 planetas o “TOI 700” B, C e D, porem somente o D se encontra numa zona habitável, nem tão longe e nem tão perto da sua estrela, fazendo com que sua temperatura permita a existência de água líquida.

O planeta descoberto é cerca de 20% maior do que a Terra e orbita sua estrela em 37 dias, com isso ele recebe 86% da energia que a Terra recebe do Sol e esse planeta assim como a relação da Terra com a Lua é um planeta que tem um fenômeno chamado rotação síncrona, ou seja, um lado dela sempre está exposto pra sua estrela e o outro lado completamente escuro.

Essa descoberta é um avanço que nos mostra que existem possíveis planetas habitáveis e relativamente perto de nós. E mais: também é possível verificar como esse planeta evolui através da observação desse planeta.

6. Uma das descobertas astronômicas mais curiosas: o maior planeta já descoberto que tem a densidade de uma rolha

O TrES-4 é um planeta que foi observado pela primeira vez em 2006 pelos astrônomos do observatório Lowell, no Arizona, Estados Unidos. Sua descoberta foi divulgada na revista astronômica Astrophysical Journal no ano seguinte.

Até hoje, o TrES-4 ocupa o posto de maior planeta já encontrado pela humanidade. Ele possui uma dimensão quase duas vezes maior que Júpiter. O gigante faz parte da constelação de Hércules e orbita um sistema solar com dois sóis.

Ele orbita a estrela GSC02620-00648 e está a uma distância de 1.435 anos-luz da Terra. Quando falamos em porcentagem, ele é 70% maior que Júpiter, o maior planeta do nosso sistema solar. Ele realiza uma volta completa em volta de sua estrela-mãe a cada 3,55 dias. A sua atmosfera é extremamente quente sendo sua temperatura aproximada a 1,3 mil °C.

Mas, embora ele seja gigantesco, sua densidade é mínima. Apelidado de “Planeta-Cortiça” a densidade do planeta gigante, que é de apenas 0,2 gramas com centímetro cúbico — a mesma de uma rolha.

Até hoje, os astrônomos não sabem explicar por que esse planeta é tão grande, tanto que de acordo com as teorias e estudos existentes atualmente a existência do TrES deveria ser impossível.

De acordo com o Edward Dunham, um membro da equipe de estudo do observatório Lowell: “TrES-4 parece ser um problema teórico. Os problemas são bons, pois aprendemos coisas novas resolvendo-os.”

7. A desenfreada expansão do universo, uma revolução nas descobertas astronômicas anteriores

O universo está numa constante expansão, conhecido como tensão de Hubble, em homenagem ao astrônomo Edwin Hubble. Em 1929, ele observou que quanto mais longe uma galáxia está da Terra, mais rápido ela se afasta, uma observação que contribuiu para a teoria atual de que o universo começou com o big bang e se expande desde então, porem cientistas tem descoberto que essa expansão está acontecendo de forma mais acelerada que o previsto.

Trata-se de um dos maiores mistérios da astronomia moderna: com base em diversas observações de estrelas e galáxias, o universo parece estar se afastando mais rápido do que previsto pelos melhores modelos do cosmos. As evidências desse enigma vêm se acumulando há anos, a ponto de alguns pesquisadores considerarem iminente uma crise na cosmologia.

Com base nas características do Universo de 13 bilhões de anos atrás, o telescópio Hubble conseguiu medidas mais precisas que mostram uma expansão ainda mais rápida do Cosmo, a cada 3,3 milhões de anos-luz que uma galáxia está longe de nós, ela se move a 74 quilômetros por segundo, como resultado da tendência de expansão do Universo. Isso significa que esse crescimento está 9% mais rápido do que se considerava anteriormente.

8. 40 mil galáxias em formato de anéis são descobertas em conjunto da humanidade e de IA

Com o avanço das IA (Inteligência Artificial) os seres humanos são capazes de resolver problemas antes impossíveis de serem solucionados e descobrir mistérios antes jamais imaginados.
Esse é o caso em que com a ajuda de uma IA e da colaboração da Galaxy Zoo, foi descoberto 40 mil galáxias em forma de anel. Essas são galáxias uma aparência circular e um espaço vazio entre a borda e o núcleo.

Os anéis delas levam alguns bilhões de anos para se formar, sendo destruídos em colisões com outras galáxias.
Para descobrir galáxias como estas exige muito trabalho e análises de vários objetos observados através de telescópios, para facilitar todo esse processo de análise a Galaxy Zoo é um projeto criado para transformar esse trabalho exaustivo em algo mais eficiente, recrutando centenas de milhares de voluntários sem nenhum conhecimento científico.

Para facilitar o processo de análise, Mike Walmsley usou uma década de medições do Galaxy Zoo (mais de 96 milhões de cliques dos cientistas cidadãos) para criar um assistente automático, ou seja, um algoritmo, chamado “Zoobot”. Ele pode medir os objetos com a mesma precisão dos voluntários, além de entender onde os cliques podem estar errados.

O Zoobot foi projetado para ser treinado repetidamente para ser usado em diferentes análises científicas. Ou seja, a IA pode aprender a responder a novas perguntas porque já aprendeu a responder a mais de 50 perguntas diferentes. “Com o Zoobot, humanos e máquinas estão colaborando para impulsionar a ciência da astronomia”, disse o Dr. Walmsley.

Por meio das novas descobertas, os astrônomos podem buscar respostas sobre como as galáxias isoladas evoluem e como, em geral, envelhecem.

Essa nossa lista de hoje possui 8 tópicos. Mas, sem dúvida existem outras descobertas astronômicas que mudaram a humanidade e a visão que temos do mundo que não estão por aqui. Por isso, se você gostou de artigo e gostaria de novas descobertas, comente aqui embaixo!

Sandy Fernandes

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