João Pedro Portinari Leão expõe todo o drama e emoção que passou ao sofrer o ataque de um dos tubarões mais temidos do oceano em autobiografia impressionante chamada “A Isca”.
“Não fiquei assustado ou desesperado. Foi matemático, como um mais um é igual a dois. Tive certeza de que iria morrer. Seria rápido e sem sofrimento. O tubarão veio de baixo para cima, do fundo do oceano, e abocanhou minha perna, segurando-a com seus dentes e rasgando minha pele. Em seguida, deu um golpe de corpo, mudando sua direção em 180 graus
(…) Vi um pedaço do seu dorso passando na velocidade de uma bala bem na minha frente. Em seguida, sua nadadeira, saindo da água, bateu na minha vela que, ainda nas palmas das minhas mãos, caía sobre nós. Pude ouvir o estrondo da batida — levado pelo tubarão, parti para o que acreditei ser meu último mergulho”. (A Isca – Pág 91).
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O trecho é o ápice de uma das histórias reais mais surpreendentes que você vai ler. Sobrevivente a um ataque de tubarão “no quintal de casa”, João Pedro Portinari Leão transmitiu toda a adrenalina em um relato tão emocionante quanto assustador. A Isca, publicado pela editora Edite, mergulha na surpreendente história real do windsurfista e escritor que passou a ser chamado de João Tubarão.
Um acontecimento que poderia muito bem estar no roteiro de um filme de Steven Spielberg. Em 1997, João tinha acabado de voltar de uma viagem de seis meses no Havaí. “Estava com mais coragem do que nunca”, relembra na obra. Ele e um amigo tinham comprado uma prancha de windsurfe e estavam testando até onde poderiam chegar com o “brinquedinho novo”. No dia 20 de abril daquele ano, um domingo véspera de feriado de Tiradentes, João saiu para velejar em condições perfeitas: muito sol e vento em Búzios (RJ).
O que ele não sabia era que aquele dia ideal para praticar seu esporte favorito traria o maior desafio da sua vida: encarar de frente um tubarão-branco de quase quatro metros de comprimento. “Hoje, entendo porque fui atacado por um tubarão-branco no quintal de casa. Invadi o território dele (…). Não respeitei o mar. Achava que era dono dele. Aprendi que não sou dono do mar. Os verdadeiros donos são os peixes”, relata.
A autobiografia, que levou dez anos para ser publicada, é um apanhado das histórias da família de João – sobrinho-neto de Cândido Portinari –, que tem uma relação íntima com o mar. Seu pai, avós e tios praticam pesca submarina e o contato com a praia sempre foi visceral.
Tanto é que mesmo depois do trágico encontro, João não deixou de praticar o esporte e, após mais de sete meses de recuperação, voltou à liberdade que apenas o oceano oferecia. Mas, dessa vez, na presença de um companheiro imaginário, um tubarão-fantasma que o atormentava, mas que não conseguiu vencê-lo.
Ficha Técnica
Título: A Isca
Subtítulo: Uma história real
Autor: João Pedro Portinari Leão
Editora: Edite
Gênero: Biografia
Idioma: Português
ISBN: 978-85-94209-13-9
Tamanho: 14×20
Páginas: 176
Preço: R$ 24,90 (físico) ou R$ 14,90 (e-book)
Link de venda: http://bit.ly/aiscadotubarao ou http://bit.ly/aiscacultura
Sinopse
João saiu para velejar em um domingo de abril perfeito em Búzios, litoral do estado Rio de Janeiro: sol e muito vento.
O que ele não sabia é que aquela véspera de feriado de Tiradentes traria o maior desafio pelo qual passaria na vida: sobreviver ao ataque de um tubarão-branco de quase quatro metros de comprimento.
Sentiu uma batida. Em seguida, um puxão violento que rasgando sua perna, o levou para debaixo da água. Não havia dúvida: a morte era certa, rápida e sem sofrimento. Seu último mergulho.
Mas, de repente, o tubarão o soltou. João se viu imerso em uma poça de sangue, seu próprio sangue, em mar aberto, a quilômetros da praia. A partir dali começava a velejada mais importante de sua vida. Cada segundo seria determinante na sua corrida para permanecer consciente e vivo!
Sobre o autor
Nascido no Rio de Janeiro em 8 de fevereiro de 1975, João Pedro Portinari Leão vem de uma família de pescadores.
Formou-se em Marketing em 2000 e, antes mesmo de receber o diploma, embarcou para o arquipélago de Tuamotu, no coração da Polinésia Francesa. Lá, construiu uma fazenda de pérolas e passou os 12 anos seguintes.
De volta ao Brasil, aventura-se no mundo empresarial, pegando fôlego para em breve viver do mar novamente, dessa vez acompanhado da família.